borboleta

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Caracteríticas de um professor


Quais as características de um bom professor?



Eu espero atender as necessidades dos meus alunos, quero que eles gostem da minha aula, sintam prazer em aprender. Quero levar para dentro da sala uma aula bem diferente todos os dias e bem divertida. Pois para mim é dessa forma que um professor tem que ser.

Com base nisso foi feita uma entrevista com algumas pessoas de diferentes faixas etárias. O resultado foi:

·         Pra uma criança:

Para minha surpresa a grande maioria das crianças entrevistadas, com faixa etária de 9 a 10 anos respondeu que um bom professor é aquele que é educado, “legal”, calmo, responsável, dedicado. Claro que houve aqueles que responderam que um bom professor tem deixar brincar, escutar música na sala.



“Primeiramente educado é claro, paciente e legal, mas não um legal muito legal para os alunos não tirar deboche da bondade dele, bruto nas horas certa e alegre” (Emerson, 10 anos).



·         Para um adolescente:

“Pra mim um professor bom mesmo seria um que fosse sério, atento, brincalhão (mas na hora certa), que tirasse as dúvidas de todos os alunos, que explicasse bem, fizesse muitos seminários e passeios” (Henrique, 14 anos).



·         Para um jovem:

“Um bom professor é aquele que estimula os alunos a aprender, não só da forma mais tradicional, com suas aulas e palestras sempre iguais, mas sim de todas as formas de aprendizado, como por exemplo, realizando trabalhos, atividades em sala, recomendando sites e atividades que os alunos gostem de fazer, pois mesmo que a atividade seja mais simples, a essência do que precisa ser passado ficará na mente do aluo sem ele esquecer depois de algum tempo” (Vanessa, 20 anos).



“Um bom professor seria aquele que se diferenciasse de alguns padrões de ensino que já se encontram ultrapassados, buscando o retorno positivo dos alunos através de métodos mais dinâmicos que trouxessem uma maior interação na relação entre o aluno e o conhecimento. Um exemplo seria as experiências em sala, excursões a eventos científicos, ou seja, algo menos entediante que uma sala de aula” (Henrique, 25 anos).



·         Para um adulto:

“Um bom tem que ser atencioso, paciente, apesar da qualidade do ensino e das suas condições de trabalho. Ele tem que ter prazer em ensinar.” (Abiraci, 40 anos).

Concluindo, desde a criança até o adulto, todos tem os mesmos pontos de vista, porém de formas diferentes. Todos querem um professor responsável, que tem um domínio do conteúdo, segurança do que esta falando, ser educado em sala, e principalmente ter prazer no que faz.

Teoria da instrução e do ensino

Didática: Teoria da instrução e do ensino (José Carlos Libâneo - 1994. cap. 3)

A educação escolar é uma atividade que tem como objetivo a assimilação do conhecimento e experiências humanas visando à formação as pessoas como seres sociais. É papel da pedagogia intervir nesse processo de assimilação e orientar os alunos para as finalidades sociais e políticas criando toda uma metodologia.
A didática como disciplina da pedagogia estuda o processo de ensino através dos conteúdos, do ensino e da aprendizagem para orientar o educador, além disso, é um meio e trabalho em que os professores se baseiam para conseguir que o aluno aprenda os conteúdos dados em sala e desenvolver suas capacidades cognoscitivas assimilando os conhecimentos.
Como já foi dito o objeto de estudo da didática é o processo de ensino, que se define como uma sequência de atividades do professor e do aluno tendo em vista a assimilação o conhecimento e desenvolvimento de habilidades. Com isso se conclui que o ensino não é apenas a transmissão do conhecimento, mas um meio e organizar a atividade de estudo dos alunos sob a orientação do professor. O processo de ensino inclui os conteúdos dos programas e dos livros, os métodos de organização do ensino e as atividades dos professores e dos alunos.
São considerados componentes didáticos a matéria, os professores e os alunos, e a idéia principal é a de que o professor transmiti as matérias aos alunos. O ensino também envolve algumas condições podendo ser externas ou internas e é preciso conhecer muito bem essas condições para o professor conduzir seu trabalho, um exemplo é a assimilação da matéria pelo aluno sob a orientação do professor.
Desde os primeiros tempos existem indícios de formas elementares de instrução e aprendizagem. Na antiguidade clássica e no período medieval também se desenvolvem formas de ação pedagógica, em escolas, mosteiros, universidades.
O termo “didática” só surgiu quando os adultos começaram a intervir na atividade de aprendizagem das crianças e jovens através da direção deliberada e planejada do ensino.
A formação da teoria didática para as ligações entre o ensino e aprendizagem e suas leis, ocorreram no século XVII, por um pastor protestante João Amós Comênio. Ele desenvolveu alguns princípios para uma melhor pratica educativa nas escolas, como por exemplo, a finalidade da educação é conduzir à felicidade eterna com Deus; que o homem deve ser educado de acordo com o seu desenvolvimento natural e com as características de idade, capacidade para o conhecimento, a assimilação dos conhecimentos não se dá instantaneamente, ou seja, os conhecimentos devem ser adquiridos a partir da observação das coisas e dos fenômenos; que o método intuitivo consiste, assim, da observação direta, pelos órgãos dos sentidos, das coisas.
Alguns pensadores e pedagogos preocupam se com a educação da sociedade. Rousseau, por exemplo, procura uma nova concepção de ensino, baseada nas necessidades e interesses imediatos das crianças. Ele ainda tinha uma idéia muito importante que era preparar bem as crianças para a vida futura, mas que para isso era preciso basear-se no estudo das coisas que correspondem às suas necessidades e interesses atuais. Dizia ainda que a educação é um processo natural que fundamenta-se no desenvolvimento internos do aluno. Contudo ele não conseguiu colocar suas idéias em pratica, mas Henrique Pestalozzi ficou responsável por esta tarefa.
Pestalozzi trabalhou ate o fim de sua vida na educação das crianças pobres. Ele dava uma grane importância ao método intuitivo, ou seja, levar os alunos a desenvolver o senso de observação, analise dos objetos e fenômenos da natureza e capacidade da linguagem.
Outro pedagogo considerado mais importante Johann Frederich Herbart, que dizia que educar o homem significa instruí-lo para querer o bem, de môo que aprenda a comandar a si próprio e que o professor é arquiteto da mente.
As idéias pedagógicas de Roussaeu, Comênio, Pestalozzi e Herbart foram as bases do pensamento pedagógico europeu, se espalhando depois por todo o mundo, demarcando as concepções pedagógicas que hoje são conhecidas por “pedagogia tradicional” que caracteriza as concepções de educação onde prepondera a ação de agentes externos na formação do aluno. E a “Pedagogia renovada” que leva a valorização da criança, dotada de liberdade, iniciativa e interesses próprios e, por isso mesmo, sujeito da sua aprendizagem e agente do seu próprio desenvolvimento.



Plano de ensino de Biologia

Série: 3ª e 4ª

Ano: 2011

Professor: Juliana, Silvania e Karol.

Objetivo: levar ao aluno a entender que a falta de higiene e de esgoto trás consequências sérias à saúde das pessoas.

·        Justificativa: O papel do professor é preparar os alunos para serem cidadãos ativos, ou seja, ele será o elo e ligação entre o aluno e a sociedade, mostrando que os problemas sociais podem ser temas no seu processo de aprendizagem e por isso é necessário trazer exemplos do cotidiano do aluno.



Conteúdos do ensino (objetivos gerais e específico):

·         O que saneamento?
o   Quem é responsável pelo saneamento?
o   Como exigir que tenhamos saneamento?

·        Quais as doenças causadas pela falta do saneamento?
o   O que causa a doença?
o   Qual o agente causador?

·        Como contrair?
o   Contato com pessoa doente
o   Por ingestão de alimentos
o   Por contato com água

·        Sintomas
o   Principais sintomas da doença

·        Prevenção e tratamento
o   Medidas preventivas
o   Tratamento de água
o   Tratamento de esgoto
o   Coleta de lixo


Fontes:
·         livro: Didática. Jose Carlos Libâneo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Prática Educativa

Didática. Jose Carlos Libâneo. capítulos 1 e 2 (resumo).
Prática Educativa, Pedagogia e Didática.
É papel da sociedade cuidar da formação dos indivíduos, já que a educação é uma atividade necessária para o funcionamento da sociedade. Não existe sociedade sem prática educativa e vice versa.
Desde o início da história da humanidade, o homem aprendeu a se organizar e se dividir em grupos diante as necessidades, para trabalharem juntos e garantir sua sobrevivência. Porém, essa organização nem sempre tinha uma divisão igual e é a partir daí que começam a se formar os grupos sociais que apresentam divergência. Mais tarde, na sociedade feudal, por exemplo, a divisão do trabalho (escravos, senhor feudal, servos) fez com que as pessoas ocupassem lugares diferentes na atividade produtiva criando novas desigualdades, estas desigualdades entre classes diferentes vai determinar não só vida das pessoas no trabalho (divisão), mas também no acesso à educação.
Com base nisso, a educação é considerada um fenômeno social, pois ela faz parte das relações sociais, econômicas, políticas de uma sociedade. Atualmente a sociedade brasileira, por exemplo, a estrutura social se divide em dois grupos e classes sociais e isso interfere na prática da educação, deste modo o objetivo e os meios da educação são determinados de acordo com a classe social. Por isso é preciso compreender, primeiramente, as relações sociais para saber com a prática educativa se encaminha.
Os estudos das modalidades da educação classificam em não-intencionais e intencionais. A educação não-intencional refere-se aos indivíduos que sofrem influências do contexto social e do meio ambiente, influências que são denominadas de educação informal, que são os conhecimentos, experiências, idéias, etc. adquiridas,  que não são conscientes. A educação intencional é caso da educação escolar, por exemplo, em que há intenção. São muitas formas de educação intencional e variam os meios conforme o objetivo.
Com isso, pode-se dizer que há uma educação não-formal, quando há prática educativa sem intenção, ou seja, estão fora da escola e que há uma educação formal, com intenção que é realizada em escolas, estas são destacadas entre as demais por servir de suporte e requisito para as outras.
É possível a participação do indivíduo na vida social, atualmente, sem educação intencional como a educação escolar, pois é a escolarização básica que possibilitará um indivíduo a aproveitar e interpretar outras influências educativas.
 A didática é o principal ramo de estudo da pedagogia (campo de conhecimentos que investiga a natureza das finalidades da educação). Ela investiga os fundamentos, condições e modo de como é realizado o ensino e converte objetivos sócio-políticos e pedagógicos em objetivos de ensino, além de estabelecer vínculos entre o ensino e a aprendizagem tendo em vista a capacidade mental do aluno.
A didática atua como mediador entre as bases teórico-científicas da educação e a prática docente. O processo de ensino é realizado com o professor junto ao aluno, sendo o professor que irá direcionar promovendo condições e os meios para que os alunos assimilem os conhecimentos e habilidades.
           
Didática e democratização do ensino
O principal objetivo das escolas públicas e dos professores é a inclusão de crianças e jovens na participação de sua vida ativa realizando ações indispensáveis em sua instrução metodológica.
            Ao cumprir sua metodologia e didática o professor estará cumprindo responsabilidades políticas e sociais, no domínio de conhecimentos culturais, científicos e ambientais em suas ações cognitivas no mercado de trabalho, e suas lutas sociais contribuindo para uma melhor democratização na sociedade.
Dessa forma, a escola pública tem sido capaz de atender a escolarização básica? Os governos têm cumprido suas obrigações sociais? O preparo profissional do professor é suficiente? Sabemos muito bem como as escolas públicas funcionam em condições precárias, com professores mal qualificados, com salário escasso e ensino de baixa qualidade. É necessária uma reflexão para uma compreensão mais correta das causas internas e externas à escola que, efetiva a escolarização das crianças e jovens. 
A escolarização tem, portanto, uma finalidade muito prática. Ao adquirirem um entendimento crítico da realidade através do estudo das matérias escolares e do domínio de métodos pelos quais desenvolverem suas capacidades cognoscitivas e formam habilidades para elaborar independentemente os conhecimentos, os alunos podem expressar de forma elaborada os conhecimentos que correspondem aos interesses majoritários da sociedade e inserir-se ativamente nas lutas sociais.
A escola pública deve ser unitária. O ensino básico é um direito fundamental de todos os brasileiros e um dever do estado para com a sociedade, cabendo-lhe a responsabilidade de assegurar a escolarização da população. Por tanto, a escola é um meio insubstituível de contribuição para as lutas democráticas, na medida em que possibilita às classes populares, ao terem o acesso ao saber sistematizado e às condições de aperfeiçoamento das potencialidades intelectuais, participarem ativamente do processo político, social e cultural com uma pedagogia voltada para os interesses populares de transformação da sociedade.

O fracasso escolar precisa ser derrotado

O sistema escolar brasileiro vem sofrendo grandes problemas, o mais grave entre eles é o fracasso escola, principalmente das crianças mais pobres, devido a algumas evidências como o grande número de reprovações nas séries iniciais do 1º grau, exclusão do aluno ao longo dos anos, entre outros.
Dados percentuais do ministério da educação mostram que a escola pública brasileira não consegue reter as crianças na escola. Este fato deve ser explicado por fatores externos à escola, mas é evidente que a exclusão das crianças tem a ver, em grau significativo, com aquilo que escola e os professores fazem ou deixam de fazer.
Em 1981 fundação Carlos Chagas investigou as causas mais amplas da repetência escolar. Entre as causas determinantes da reprovação, a mais decisiva foi o fato de a escola, na sua organização curricular e metodológica, não estar preparada para utilizar procedimentos didáticos adequados para trabalhar com as crianças que apresentam um diferente aproveitamento em relação às outras. Essas crianças acabam sendo reconhecidas como alunos reprovados previamente.
Deve-se levar em consideração que as crianças pobres possuem um pouco de dificuldade na aprendizagem devido às condições econômicas, sócio-culturais, intelectuais, etc. Mas se o meio social em que vive acriança não pode provar boas condições para o desenvolvimento intelectual, o ensino pode proporcionar um ambiente necessário de estimulação e é para isso que o professor se prepara profissionalmente.
É preciso enfrentar e derrotar o fracasso escolar se quiser de fato uma escola democrática. Segundo o psicólogo David Ausubel “O fato isolado mais importante eu influencia a aprendizagem é aquilo que o aluno já conhece; descubra-se o que ele sabe e baseie-se nisso seus ensinamentos”. O trabalho docente consiste em compatibilizar conteúdos e métodos com o nível de conhecimento, experiências, desenvolvimento mental dos alunos.
A escola e os professores tem sua parte a cumprir na luta, contra o fracasso escolar. O domínio da leitura e da escrita é a base necessária para que os alunos progridam os estudos, aprendam a ingressar suas idéias e sentimentos.

As tarefas das escolas públicas democráticas
A finalidade do ensino do 1º grau é estimular a assimilação ativa dos conhecimentos sistematizados das capacidades, habilidades e atitudes necessárias à aprendizagem, é também colocar os alunos em condições de continuarem estudando e aprendendo durante toda vida e inculcar valores e convicções democráticas, como por exemplo, respeito pelos companheiros, capacidade de participação em atividades coletivas, entre outros.
A escola pela qual devemos lutar hoje visa o desenvolvimento científico e cultural do povo, preparando as crianças e jovens para vida, para o trabalho e para a cidadania, através da educação geral, intelectual e profissional.
As tarefas da escola pública democrática são:
1-      Proporcionar a todas as crianças e jovens a escolarização básica e gratuita pelo menos oito anos.
2-      Assegurar a transmissão e assimilação dos conhecimentos e habilidades que constituem as matérias de ensino.
3-      Assegurar o desenvolvimento das capacidades e habilidades intelectuais, sobre a base dos conhecimentos científicos.
4-      Assegurar uma organização interna da escola em que os processos de gestão e administração e os de participação democrática de todos os elementos envolvidos na vida escolar estejam voltados para o entendimento da função básica de escola, ensino.
Para a realização dessas tarefas a escola organiza, com base nos objetivos e conteúdos das matérias de ensino, seu plano pedagógico-didático. O núcleo de conhecimentos básicos da 1º fase do ensino de 1° grau compõe-se d seguintes matérias:
·         Português = é uma das mais importantes responsabilidades profissionais do professor, pois é a condição para aprendizagem das demais disciplinas.
·         Matemática = desenvolvimento de habilidades de contagem, cálculos e medidas.
·         História e geografia = visam estudar o homem como ser social.
·         Ciências físicas e biológicas = compreendem o estudo da natureza e do ambiente.
·         Educação artística = um meio de formação cultural e estética dos alunos, de desenvolvimento, de criatividade e de imaginação.
·         Educação física e lazer = contribuem para fortificar o corpo e o espírito.

O compromisso social e ético dos professores
É responsabilidade do professor preparar os alunos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho, nas associações em classe, na vida cultural e política. As características mais importantes da atividade profissional do professor e a medição entre os alunos e a sociedade.
O sinal mais indicativo da responsabilidade do professor é seu permanente empenho na instrução e educação dos seus alunos, dirigindo o ensino e as atividades de estudos de modo que estes dominem os conhecimentos básicos e habilidades, desenvolverem suas forças, capacidades físicas e intelectuais.
Quando o professor se posiciona consciente e explicitamente, do lado dos interesses da população majoritária da sociedade, ele insere sua atividade profissional, ou seja, sua competência técnica.