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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Teoria da instrução e do ensino

Didática: Teoria da instrução e do ensino (José Carlos Libâneo - 1994. cap. 3)

A educação escolar é uma atividade que tem como objetivo a assimilação do conhecimento e experiências humanas visando à formação as pessoas como seres sociais. É papel da pedagogia intervir nesse processo de assimilação e orientar os alunos para as finalidades sociais e políticas criando toda uma metodologia.
A didática como disciplina da pedagogia estuda o processo de ensino através dos conteúdos, do ensino e da aprendizagem para orientar o educador, além disso, é um meio e trabalho em que os professores se baseiam para conseguir que o aluno aprenda os conteúdos dados em sala e desenvolver suas capacidades cognoscitivas assimilando os conhecimentos.
Como já foi dito o objeto de estudo da didática é o processo de ensino, que se define como uma sequência de atividades do professor e do aluno tendo em vista a assimilação o conhecimento e desenvolvimento de habilidades. Com isso se conclui que o ensino não é apenas a transmissão do conhecimento, mas um meio e organizar a atividade de estudo dos alunos sob a orientação do professor. O processo de ensino inclui os conteúdos dos programas e dos livros, os métodos de organização do ensino e as atividades dos professores e dos alunos.
São considerados componentes didáticos a matéria, os professores e os alunos, e a idéia principal é a de que o professor transmiti as matérias aos alunos. O ensino também envolve algumas condições podendo ser externas ou internas e é preciso conhecer muito bem essas condições para o professor conduzir seu trabalho, um exemplo é a assimilação da matéria pelo aluno sob a orientação do professor.
Desde os primeiros tempos existem indícios de formas elementares de instrução e aprendizagem. Na antiguidade clássica e no período medieval também se desenvolvem formas de ação pedagógica, em escolas, mosteiros, universidades.
O termo “didática” só surgiu quando os adultos começaram a intervir na atividade de aprendizagem das crianças e jovens através da direção deliberada e planejada do ensino.
A formação da teoria didática para as ligações entre o ensino e aprendizagem e suas leis, ocorreram no século XVII, por um pastor protestante João Amós Comênio. Ele desenvolveu alguns princípios para uma melhor pratica educativa nas escolas, como por exemplo, a finalidade da educação é conduzir à felicidade eterna com Deus; que o homem deve ser educado de acordo com o seu desenvolvimento natural e com as características de idade, capacidade para o conhecimento, a assimilação dos conhecimentos não se dá instantaneamente, ou seja, os conhecimentos devem ser adquiridos a partir da observação das coisas e dos fenômenos; que o método intuitivo consiste, assim, da observação direta, pelos órgãos dos sentidos, das coisas.
Alguns pensadores e pedagogos preocupam se com a educação da sociedade. Rousseau, por exemplo, procura uma nova concepção de ensino, baseada nas necessidades e interesses imediatos das crianças. Ele ainda tinha uma idéia muito importante que era preparar bem as crianças para a vida futura, mas que para isso era preciso basear-se no estudo das coisas que correspondem às suas necessidades e interesses atuais. Dizia ainda que a educação é um processo natural que fundamenta-se no desenvolvimento internos do aluno. Contudo ele não conseguiu colocar suas idéias em pratica, mas Henrique Pestalozzi ficou responsável por esta tarefa.
Pestalozzi trabalhou ate o fim de sua vida na educação das crianças pobres. Ele dava uma grane importância ao método intuitivo, ou seja, levar os alunos a desenvolver o senso de observação, analise dos objetos e fenômenos da natureza e capacidade da linguagem.
Outro pedagogo considerado mais importante Johann Frederich Herbart, que dizia que educar o homem significa instruí-lo para querer o bem, de môo que aprenda a comandar a si próprio e que o professor é arquiteto da mente.
As idéias pedagógicas de Roussaeu, Comênio, Pestalozzi e Herbart foram as bases do pensamento pedagógico europeu, se espalhando depois por todo o mundo, demarcando as concepções pedagógicas que hoje são conhecidas por “pedagogia tradicional” que caracteriza as concepções de educação onde prepondera a ação de agentes externos na formação do aluno. E a “Pedagogia renovada” que leva a valorização da criança, dotada de liberdade, iniciativa e interesses próprios e, por isso mesmo, sujeito da sua aprendizagem e agente do seu próprio desenvolvimento.



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